quarta-feira, 27 de julho de 2011
A espera
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Ares gravídicos
Tenho a sorte de estar com uma gestação saudável, sem nenhum imprevisto, susto ou qualquer situação de risco, não me privei de nada, continuo minha vida tranquilamente, posso fazer qualquer coisa que fazia antes da gestação, e isso é MUITO BOM! Não precisei de nenhum cuidado extra ou de repouso real, meu bebê cresce saudável e eu estou no mesmo ritmo, isso não tem preço.
Mas algumas reclamações constantes da gravidez começam a surgir agora em meados dos meus seis meses (para algumas contagens já estou com 7, mas conto como 6).
Estrias: é, elas apareceram! Eu até estava pensando que dessa eu ia me livrar, pois incrivelmente não tenho tendência a ter estrias, por mais incrível que isso possa parecer, mesmo porque eu sempre vive num efeito sanfona de engorda emagrece o que facilita muito para o aparecimento das danadas e mesmo assim tinha/tenho poucas, e as que tinham eram todas branquinhas que se confudiam tranquilamente com a cor da minha pele. Mas... eis que as danadas surgem na minha barriga, até agora nada tão assustador, mas a cada dia tem mais, não vou negar e estão vermelhinhas, o que acaba se tornando mais saliente. É, não nego que é chato, fico pensando se vão ficar branquinhas ou não. Mas faz parte e quer saber? Não estou triste com elas, é sinal da vidinha que carrego aqui, são as marcas que a vida nos dá, e sinceramente essa “marca” eu tenho muito orgulho! Porém, não vou negar que após a gestação e amamentação, se elas persistirem vou recorrer a um tratamento estético, já até intimei o marido dizendo que ele tinha que arcar com metade dos gastos, afinal, né? Kkkkkkkkkkkkkkkk ;P
Dor nas costas: essa eu nunca pensei que fosse me livrar pois já tive sérios problemas na coluna, de travar, ficar dias sem andar e talz, lembrando do meu histórico estou até bem, como disse no inicio não estou deixando de fazer nada do meu cotidiano pré-gestação, mas as dores nas costas estão chegando =( Principalmente quando fico muito tempo sentada numa cadeira desconfortável ou em pé durante muito tempo, chega a arder, mas também não é nada demais, não me impede mas incomoda. É só dar uma acalmada no ritmo e seguir que tá tudo certo.
Sonolência: tive muito no iniciozinho da gravidez e parece que está voltando com tudo, pense num sono que eu tô! Querendo dormir a qualquer pausa que a vida me permite. Tem uma rede no escritório do marido e é lá mesmo que tiro meus melhores e maiores cochilos, adoro ficar perto dele.
Fome: começou a fase da fome. Na verdade agora tá até melhorzinha, mas nas duas últimas semanas eu parecia uma draga, marido até me apelidou de “boquinha nervosa”.
Cansaço/lentidão: faço tudo, porém me canso bem mais facilmente e estou mais lenta nas minhas atividades, sejam elas físicas ou mentais.
Dificuldade de respirar: não é sempre, mas vez ou outra me encontro com dificuldade de respirar, digamos que minha respiração nunca foi a melhor coisa do mundo, mas às vezes consegue ficar pior, fico meio que com falta de ar. Ai, é se esticar, relaxar e esperar que depois de um tempo passa.
Azia: já comentei antes, ela continua, tem dias que está pesada mesmo e tem outros que dá pra passar tranquilo. Até quando hein?
Bom, é isso. No mais estamos muito bem, Samuel mexe como nunca, chega a dar tremidinhas na barriga e é muito gostoso sentir tudo isso. É maravilhoso quando eu me “comunico” com ele, fico conversando e alisando a barriga e ele “responde” mexendo, se ele tá mandando eu calar a boca ou simplesmente retribuindo o carinho eu não sei, por enquanto fico com a segunda opção, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.... quando Davi vem e deita no bucho e fica conversando com ele também é muito bom, ele começa a mexer. É, acho que ele começa a reconhecer nossas vozes *.*
terça-feira, 19 de julho de 2011
29 semanas

Sobreviver pra mim não basta

Assim como estou nessa vida com o interesse de viver cada momento da melhor maneira possível, é dessa mesma forma que eu pretendo ter e criar meu rebento, não basta chegar lá na frente e dizer “mas ele num viveu?”, nossa, que parâmetro! Quantas crianças não sobrevivem a tratos bárbaros, ou nem cheguemos tão longe assim, quantas crianças não sobrevivem sem o menor carinho ou afeto?
Sim, sim! Quantas crianças não sobrevivem a cesária? (Poderia dizer que os filhos da classe média e alta de nosso país se enquadrariam perfeitamente nessa porcentagem), meu marido tá aqui vivinho. Quantas crianças não sobrevivem apenas com LA (leite artificial)? Hello! Ó eu aqui, não fui amamentada (só na primeira semana e já com complemento).
Sobreviver a gente sobrevive, mas se eu tenho informação e condição de dar o melhor que eu acredito ao meu filho, e assim será! Pode mil e uma pessoas falar o que quiserem, eu não me informei durante anos (sim, não foram os 9 meses – que por si só já seria uma boa se a maioria dos pais resolvessem se informar nesse período de preparação. Mas me informo sobre o assunto a no mínimo 4 anos com muito afinco e baseada não apenas em relatos práticos de mães, que por si já diria muita coisa, mas em evidências científicas) para jogar tudo no ralo, para me submeter a mitos e praticas corriqueiras de “achismos”.
Sim, eu vou dar de tudo para parir de parto normal humanizado! Sim, eu vou recusar epísio de rotina; sim eu não pretendo tomar analgesia ou ocitocina (isso vai depender da evolução do trabalho de parto, mas espero não precisar e sei que me submeter a isso de rotina não acontecerá).
Não, eu não vou agendar uma cesária por causa do tempo de gestação, por causa da diminuição de liquido amniótico (isso pode gerar a um monitoramento e TALVEZ uma cesária, mas que fique claro que o LA diminui no final da gestação), por causa de bebê laçado (queria entender quando esse grande mito começou), porque o bebê é grande demais, ou pequeno demais.
Sim, eu quero amamentar em LIVRE DEMANDA e EXCLUSIVAMENTE até os 6 meses e sendo o principal alimento do meu bebê até 1 ano e pretendo continuar com a amamentação até no mínimo 2 anos. Quem achar estranho que se trate ou vá buscar informações! Enquanto a amamentação for prazerosa e necessária pra mim e pro meu filho ela vai acontecer. E se vier neguinho falar merda, vai ser da vez que a Rafa calma e boazinha vira a Rafa estressada, porra louca e grossa.
Não, eu não pretendo deixar meu bebê chorando para não miná-lo, pelos Deuses, um bebê não tem essa de “eu estou manipulando meus pais”, um bebê precisa sim de atenção, carinho, afeto, cuidado, não é apenas trocar fraldas e dar comidinha. SE você não quer se dedicar ao seu filho simplesmente não tenha! Dá trabalho sim!
Não, eu não pretendo dar chupeta ao meu filho. Será que é tão complicado entender isso? Eu também acho super cute um bebê com chupetas, mas a belezinha não supera os malefícios desse troço de borracha. Se ele quiser chupetar meus seios, como disseram por ai (e sim, isso acontece) e eu não me importar, assim será! Claro que a chupeta tem um big asterisco nela, pois sei que vai de cada bebê e cada casal, mas aqui eu não quero introduzi-la, não pretendo.
Mamadeiras. Sempre disse não, mas está em análise. Tudo isso porque começo a trabalhar ferrenhamente quando Samuca tiver 4 meses (sim, será perto de onde ele ficará e eu pretendo ir o tempo inteiro amamenta-lo) mas nunca se sabe quanto tempo durará uma audiência, consulta ou coisa e tal. Mas, que fique claro que será com leite materno. E tem outra questão suscitada “a participação do pai na amamentação” mas essa é história pra outro post.
Enfim, possa ser que eu não siga nada disso. Sei lá, tudo não depende só de mim, mas de Samuquinha também, vai que ele resolve ficar sentado (Sei que posição pélvica não é indicação de pronto para cesária, mas também sei dos riscos de um parto pélvico vaginal em primíparas , e nesse aspecto não estou empoderada suficiente.) e curtir com a minha cara? Sim, farei os exercícios para torna-lo cefálico, mas e se ainda assim ele não virar? Ai eu vou pra faca, chorando, desiludida, mas vou. SE por uma acaso eu realmente não tiver leite (gente, isso acontece em uma porcentagem ínfima, a maioria dos casos que dizem que não amamentou porque não tinha leite não foi necessariamente isso que ocorreu, é super raro, mas é possível), vou ter que recorrer as fórmulas artificiais e as mamadeiras, e possivelmente as chupetas já que a necessidade de chupetar não será feita (terror, terror, terror!); se eu tiver uma depressão pós-parto e não suportar o choro do meu bebê? Não gosto nem de pensar. Espero que o papai, vovós, dinda e tias estejam por perto pra acalentar meu Samuca e me ajudar a voltar ao normal, pq desejado meu filho vc é e muito!
Enfim, é tudo muito imprevisível, MAS eu vou batalhar para fazer o melhor pro meu filho, não basta sobreviver.