terça-feira, 19 de julho de 2011

Sobreviver pra mim não basta


Assim como estou nessa vida com o interesse de viver cada momento da melhor maneira possível, é dessa mesma forma que eu pretendo ter e criar meu rebento, não basta chegar lá na frente e dizer “mas ele num viveu?”, nossa, que parâmetro! Quantas crianças não sobrevivem a tratos bárbaros, ou nem cheguemos tão longe assim, quantas crianças não sobrevivem sem o menor carinho ou afeto?

Sim, sim! Quantas crianças não sobrevivem a cesária? (Poderia dizer que os filhos da classe média e alta de nosso país se enquadrariam perfeitamente nessa porcentagem), meu marido tá aqui vivinho. Quantas crianças não sobrevivem apenas com LA (leite artificial)? Hello! Ó eu aqui, não fui amamentada (só na primeira semana e já com complemento).

Sobreviver a gente sobrevive, mas se eu tenho informação e condição de dar o melhor que eu acredito ao meu filho, e assim será! Pode mil e uma pessoas falar o que quiserem, eu não me informei durante anos (sim, não foram os 9 meses – que por si só já seria uma boa se a maioria dos pais resolvessem se informar nesse período de preparação. Mas me informo sobre o assunto a no mínimo 4 anos com muito afinco e baseada não apenas em relatos práticos de mães, que por si já diria muita coisa, mas em evidências científicas) para jogar tudo no ralo, para me submeter a mitos e praticas corriqueiras de “achismos”.

Sim, eu vou dar de tudo para parir de parto normal humanizado! Sim, eu vou recusar epísio de rotina; sim eu não pretendo tomar analgesia ou ocitocina (isso vai depender da evolução do trabalho de parto, mas espero não precisar e sei que me submeter a isso de rotina não acontecerá).

Não, eu não vou agendar uma cesária por causa do tempo de gestação, por causa da diminuição de liquido amniótico (isso pode gerar a um monitoramento e TALVEZ uma cesária, mas que fique claro que o LA diminui no final da gestação), por causa de bebê laçado (queria entender quando esse grande mito começou), porque o bebê é grande demais, ou pequeno demais.

Sim, eu quero amamentar em LIVRE DEMANDA e EXCLUSIVAMENTE até os 6 meses e sendo o principal alimento do meu bebê até 1 ano e pretendo continuar com a amamentação até no mínimo 2 anos. Quem achar estranho que se trate ou vá buscar informações! Enquanto a amamentação for prazerosa e necessária pra mim e pro meu filho ela vai acontecer. E se vier neguinho falar merda, vai ser da vez que a Rafa calma e boazinha vira a Rafa estressada, porra louca e grossa.

Não, eu não pretendo deixar meu bebê chorando para não miná-lo, pelos Deuses, um bebê não tem essa de “eu estou manipulando meus pais”, um bebê precisa sim de atenção, carinho, afeto, cuidado, não é apenas trocar fraldas e dar comidinha. SE você não quer se dedicar ao seu filho simplesmente não tenha! Dá trabalho sim!

Não, eu não pretendo dar chupeta ao meu filho. Será que é tão complicado entender isso? Eu também acho super cute um bebê com chupetas, mas a belezinha não supera os malefícios desse troço de borracha. Se ele quiser chupetar meus seios, como disseram por ai (e sim, isso acontece) e eu não me importar, assim será! Claro que a chupeta tem um big asterisco nela, pois sei que vai de cada bebê e cada casal, mas aqui eu não quero introduzi-la, não pretendo.

Mamadeiras. Sempre disse não, mas está em análise. Tudo isso porque começo a trabalhar ferrenhamente quando Samuca tiver 4 meses (sim, será perto de onde ele ficará e eu pretendo ir o tempo inteiro amamenta-lo) mas nunca se sabe quanto tempo durará uma audiência, consulta ou coisa e tal. Mas, que fique claro que será com leite materno. E tem outra questão suscitada “a participação do pai na amamentação” mas essa é história pra outro post.

Enfim, possa ser que eu não siga nada disso. Sei lá, tudo não depende só de mim, mas de Samuquinha também, vai que ele resolve ficar sentado (Sei que posição pélvica não é indicação de pronto para cesária, mas também sei dos riscos de um parto pélvico vaginal em primíparas , e nesse aspecto não estou empoderada suficiente.) e curtir com a minha cara? Sim, farei os exercícios para torna-lo cefálico, mas e se ainda assim ele não virar? Ai eu vou pra faca, chorando, desiludida, mas vou. SE por uma acaso eu realmente não tiver leite (gente, isso acontece em uma porcentagem ínfima, a maioria dos casos que dizem que não amamentou porque não tinha leite não foi necessariamente isso que ocorreu, é super raro, mas é possível), vou ter que recorrer as fórmulas artificiais e as mamadeiras, e possivelmente as chupetas já que a necessidade de chupetar não será feita (terror, terror, terror!); se eu tiver uma depressão pós-parto e não suportar o choro do meu bebê? Não gosto nem de pensar. Espero que o papai, vovós, dinda e tias estejam por perto pra acalentar meu Samuca e me ajudar a voltar ao normal, pq desejado meu filho vc é e muito!

Enfim, é tudo muito imprevisível, MAS eu vou batalhar para fazer o melhor pro meu filho, não basta sobreviver.

Um comentário:

  1. meu amor,
    eu nos anos que tive contato com mães, ou gestantes, vc é a pessoa mais informada que conheço, e isso foi pq vc buscou, porque vc ama seu filho. Então, fica tranquila, sei que dará o melhor que puder. se caso não tiver tempo, terá um enorme grupo de apoio para ajudá-la no que for preciso(dinda ^^ for sure).

    As vezes o circo aperta e temos que dar o braço a torcer para algumas ferramentas desse baby universo como chupetas e mamadeiras, entendo e respeito sua iniciativa de evitá-las. Vc sabe que isso é o melhor para ele. contudo, se um dia vc vier por algum razão a utilizá-las, ninguém poderá julgar vc por isso. e sabe por que??? pq ninguém sabe o quanto vc tentou para evitá-las, e que elas são a "rebaba" das opções que vc teve.
    Tenho a mais absoluta certeza, que Samuel será acolhido com tudo de melhor para ele, pq vc pe uma mãe com M bem grandãooooo! fico sempre orgulhosa, e até melosa quando leio algo que escreve ou escuto vc falar...pq tb partilho e compartilho dessas ideias.

    um grande xêro nesse buxu lindo!
    Dinda May

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