Nossos limites

Por mais emponderada que estejamos sabemos que temos nossos limites, surgirão dúvidas, medos, anseios, julgo que tudo isso seja normal, o que devemos trabalhar é quando realmente chegamos ao nosso limite ou quando nossa mente está atormentada com o terrorismo alheio, afinal dependendo do tipo de parto que você decidiu ter você travará uma verdadeira luta, não tem o que negar. Se você optar por um parto humanizado numa casa de parto ou domiciliar, segura as pitangas que lá vem chumbo grosso. Claro que fazer ouvido de mercador é a melhor opção, mas quem, principalmente quem irá passar por um VBAC ou uma primípara vai de fato ouvir alguns terrorismos como se escuta o anúncio de banana numa feira?

Não dá! O que está a caminho é a vida do seu filho, é a vida mais preciosa e é exatamente por essa vidinha que fazemos certas escolhas. Certamente quem opta por um parto em Casa de Parto ou Domiciliar assim o faz porque crer (não cegamente, mas baseada em evidências) que os riscos de um nascimento num hospital ultrapassa os riscos nesses dois outros lugares. Quem opta por um nascimento respeitoso pensa primeiramente na criança e secundariamente no bem estar da parturiente.

Infelizmente se você opta por qualquer um dos partos, seja hospitalar vaginal, hospitalar cesariano, normal m Casa de Parto ou em casa, terá riscos e isso é o que deixa muitas mães de cabelos em pé! E não é pra menos.

Eu, euzinha, acho de todos o cesariano o mais propenso a riscos, não falo isso por que “acho” simplesmente, porque “acho” o parto ‘normal’ mais “bonito”, mas pelas evidências cientificas que nos são mostradas. Nunca foi tão alto o número de neonatos nas utis neonatais, nunca foi tão alto a necessidade de reanimação neonatal, nunca foi tão alto o número de bebês com refluxo e problemas respiratórios, e coincidentemente nunca foi tão alto o número de cesarianas eletivas. Mas isso é um papo pra outra hora, só pra ficar claro que eu sou a favor do parto cesário sim, quando ele se mostra realmente necessário, ele foi feito para salvar vidas e não para ser um procedimento de rotina.

Voltando ao tópico do texto, temos limites e devemos reconhecê-los, eu tenho os meus, há casos em que eu, áquelaquemorredemedodeirprafaca, vai optar por uma cesária sim. Meu desejo de ter meu filho saudável em meus braços ultrapassa qualquer medo, qualquer coisa. Além dos casos elencados [aqui], há outros que não são indicações de pronto de uma cesariana e talvez me levasse a essa opção, exemplos: bebê em posição pélvica, frequência cardíaca fetal instável, parada de progressão do tp por um longo período, mais de 42 semanas, prematuridade, bebê com mais de 4,5kg, bolsa-rota a mais de 24horas se for um parto domiciliar (no caso de estar num hospital, ficaria monitorando o tempo que fosse necessário), lembrando que (com exceção do + 42s) só depois de entrar em trabalho de parto ativo, pois os hormônios tão essenciais por bebê nesse fase ainda seriam absorvidos por ele.